ST67 – (Re)pensar e (re)existir: desafios contemporâneos para a formação de professores de língua(s)
Coordenação:Alâna Capitanio (UFFS)Mary Stela Surdi (UFFS) O acontecimento histórico da pandemia de COVID-19, em pleno século XXI, mobilizou repensar não somente questões concernentes à saúde, mas também às relações sociais, à educação e ao mundo do trabalho, instaurando, conforme Surdi (2024), outras redes de filiação de sentidos. Nesse escopo, a formação de professores também é afetada, por deslocamentos e ressignificações, instaurando outros processos de identificação, de produção de sentidos para a memória discursiva da formação de professores de língua(s). A isso some-se a emergência da inteligência artificial que nos provoca a questionar o que significa ser professor na contemporaneidade. Como a “tecnomediação” e a “virtualização das experiências de si” (Primo, 2022) podem nos auxiliar na interpretação dos modos de subjetivação dos sujeitos-professores? Diante disso, o presente simpósio objetiva reunir discussões de pesquisas concluídas ou andamento que abordem a relação língua(gem), discurso e alteridade e suas contribuições para problematizar os processos de formação de professores de língua(s) na contemporaneidade em contextos de educação básica e ensino superior, bem como de imigração e seus descendentes, refugiados e indígenas. Nessa perspectiva, serão bem-vindos trabalhos que tomem como aporte teórico-metodológico estudos discursivos ou discursivo-desconstrutivistas, em diálogo com a Linguística Aplicada, a História das Ideias Linguísticas, a Psicanálise e a Semântica, a partir de diferentes corpora. Palavras-chave: Formação de professores, Processos identificatórios, Alteridade, Língua(gem). Discurso.
ST66 – Ensino de línguas adicionais e decolonialidade: resistência, luta e transformação social na formação docente
Coordenação:Lesliê Vieira Mulico (CEFET/RJ – Maria da Graça)Patrícia Helena da Silva Costa (UERJ) Este simpósio objetiva reunir trabalhos que suscitam discussões em torno da tríade resistência-luta-transformação social na formação de docentes das línguas inglesa e espanhola. Partindo do princípio de que língua(gem) e ideologia são dois lados de uma mesma moeda (Volóchinov, 2017), a existência da ideologia neoliberal de consumo nos discursos turísticos presentes em materiais didáticos e práticas de ensino hegemônicos, trazem uma dimensão culturalmente homogeneizante, economicamente elitista e, portanto, socialmente excludente para a educação e, consequentemente, para a formação de docentes das respectivas áreas. O resultado é um ciclo no qual perspectivas acríticas, mercadológicas e monoculturais que perpassam a formação desses/as educadores/as acabam sendo reproduzidas em suas salas de aula, garantindo, portanto, a manutenção das desigualdades sociais. Apesar dos avanços da educação linguística na contemporaneidade, ainda persistem ações pedagógicas e dispositivos de ensino que desqualificam e inferiorizam a língua(gem) e a inteligência de povos subjugados, sobretudo o do povo negro, produzindo o que Sueli Carneiro (2005) nomeia de “indigência cultural”. Tencionamos dar respostas a tais práticas colonizatórias atendendo ao chamado de Aimé Césaire (1978) a romper o silêncio assassino da colonização; e, com isso defendemos a tese de que ensinar e/ou formar pessoas que ensinam inglês e espanhol, ainda que línguas hegemônicas, pode ser feito pelo viés da justiça racial, cultural e de gênero, valorizando lutas e pautas interseccionais, conforme Lélia Gonzalez (2020). Ao problematizarmos os discursos e práticas da colonialidade, a perspectiva aqui adotada se constrói como um trabalho de politização da ação pedagógica (Walsh; Oliveira; Candau, 2018). Desta forma, o pedagógico e o decolonial se encontram enquanto projeto político destinado a desafiar a lógica da colonialidade, lógica essa que ainda permeia práticas de ensino de inglês e espanhol e/ou de formação de docentes que ensinam essas línguas adicionais. Dentro dessa visada decolonial, pretendemos mostrar, refletir e discutir sobre algumas iniciativas que promovem a formação de docentes críticos e ativistas em prol da promoção da justiça, igualdade e dos direitos humanos, como também algumas ações pedagógicas para o ensino do inglês e espanhol que se fundamentam na transgressão de hegemonias, na formação de comunidades pedagógicas e na prática da liberdade (hooks, 2017). Parafraseando bell hooks (2017), se o inglês e o espanhol são, em maior e menor nível, as línguas dos colonizadores, precisamos delas para “falar com você”, para internacionalizar ações humanitárias locais, para construir redes de comunicação e proteção de vidas ameaçadas, para combater a desinformação em nível global. Palavras-chave: Ensino de línguas adicionais, Decolonialidade, Formação Docente.
ST65 – Avaliação de línguas adicionais: contextos diversos, desafios comuns
Coordenação:Gladys Quevedo-Camargo (UnB)Mariana Damacena-Dutra (UnB) A avaliação no ensino de línguas adicionais é comumente considerada desafiadora e complexa. Embora as questões enfrentadas por professores variem entre diferentes realidades de ensino de línguas no Brasil, há uma questão central comum: como garantir que as práticas avaliativas sejam confiáveis, inclusivas e alinhadas aos objetivos de aprendizagem? Este simpósio busca explorar desafios compartilhados e soluções potenciais para a elaboração e implementação de processos avaliativos em cenários educacionais diversos. A formação de professores em letramento em avaliação é uma das principais lacunas no desenvolvimento profissional docente, como apontam Scaramucci (2016) e Quevedo-Camargo (2020). Resumidamente, o conceito de letramento em avaliação se refere ao repertório teórico, prático e ético (Davies, 2008) que os atores envolvidos no processo de ensino-avaliação-aprendizagem devem desenvolver para que possam compreender o quê, como, quando e por que avaliar (Inbar-Lourie, 2008). Ao negligenciar uma formação docente sólida para elaborar, adaptar e questionar avaliações, contribui-se para a perpetuação de práticas obsoletas e tradicionalistas (Stiggins, 1991), sem considerar o potencial da avaliação como ferramenta para retroalimentar a aprendizagem (Scaramucci, 2016). Somam-se à falta de formação teórica e prática as limitações de infraestrutura em determinados contextos educacionais e a crescente tensão entre as demandas locais e globais de avaliação. Em um mundo cada vez mais globalizado, os instrumentos avaliativos precisam refletir tanto as necessidades específicas das comunidades locais quanto os padrões de proficiência amplamente reconhecidos internacionalmente. Essa dualidade é frequentemente desafiadora para professores que atuam em ambientes com recursos limitados e atendem a um público diversificado, de diferentes níveis socioeconômicos, culturais e com necessidades educacionais específicas. Os debates neste simpósio serão fundamentados em pesquisas que abordam como professores enfrentam essas questões em diferentes contextos de ensino. Estudos como os de Fulcher (2012) e Inbar-Lourie (2008) fornecem subsídios teóricos importantes para compreender as práticas avaliativas e suas implicações. Convidamos pesquisadores e profissionais a compartilhar estudos e experiências que lancem luz sobre os desafios e as práticas avaliativas em contextos diversos, bem como em contextos de formação docente com vistas a fomentar o letramento em avaliação. O objetivo deste simpósio é não apenas refletir sobre os obstáculos enfrentados, mas também disseminar iniciativas de promoção do letramento em avaliação de línguas que potencialmente culminarão na adoção de práticas avaliativas mais eficazes e adaptadas às demandas da educação contemporânea. Palavras-chave: Avaliação em contextos de línguas, Formação de professores, Ensino e aprendizagem de línguas adicionais, Letramento em avaliação.
ST64 – (R)existências em Educação Linguística: transgredindo pensares, rompendo limites, experienciando possibilidades e vivenciando novos caminhos nas práticas de linguagem
Coordenação:Adriana Cristina Sambugaro de Mattos Brahim (UFPR)Alcione Alves de Oliveira de Araújo (UFAM/UFPR) A Linguística Aplicada (LA) há muito deixou de ser “mero sinônimo de ensino de línguas” (Rajagopalan, 2021, p. 48). Na atualidade, vive-se uma LA em outras perspectivas, nela o estudo da linguagem deve ocorrer nas realidades de sociedades e de culturas levando-se em conta as vidas humanas envolvidas nessas realidades, nas quais a linguagem é parte constituinte e constitutiva. Nesse contexto, a LA vai além de um manual de aplicação por meio de métodos e técnicas de ensino, torna-se Transdisciplinar atuando como problematizadora da realidade social, das dinâmicas situacionais e das práticas linguísticas, ganhando ares de um guarda-chuva, abrigando outras ciências, compilando “um modo de criar inteligibilidade sobre problemas sociais em que a linguagem tem um papel central” (Moita Lopes, 2006, p.14). Ao fugir de padrões, a LA Transdisciplinar corrobora para a compreensão de que o ensino de línguas é o espaço do ensino da interculturalidade, assumindo a responsabilidade de implantar a ideia de Educação Linguística a partir do “conjunto de fatores socioculturais que possibilitam adquirir, desenvolver e ampliar o conhecimento de/sobre a língua materna, de/sobre outras línguas, sobre a linguagem de um modo mais geral e sobre os demais sistemas semióticos” (Gomes & Nogueira, 2020, p.35). Tais elementos da LA contemporânea, tornam-se cada vez mais relevantes por significarem o rompimento com ontologias e epistemologias, políticas e práticas (educacionais) reprodutoras do colonialismo. Neste sentido, buscamos agrupar nesta proposta de Simpósio Temático pesquisas acadêmicas em desenvolvimento ou concluídas que contribuam para as discussões acerca de (R)EXISTÊNCIAS DA EDUCAÇÃO LINGUÍSTICA, privilegiando aspectos discursivos, sociais e históricos à organicidade e funcionalidade da língua, de modo que a dinamicidade linguística possa ser vislumbrada no transgredir do pensamento tecnicista, sistemático e estruturalista, no romper limites de métodos, no experienciar as possibilidades de abordagens participativas e no vivenciar de novos caminhos nas práticas sociais de linguagem. Por fim, este Simpósio Temático objetiva promover discussões sobre como a Educação Linguística contribui na virada paradigmática do ensino de línguas, ao introduzir práticas como: os Letramentos (crítico, racial, de resistência, de (r)existência, linguístico e literário), os Multiletramentos, Pedagogias Decoloniais, Pedagogia Crítica, Interculturalidade, Multilinguismo, entre outras. Palavras-chave: (Re)existência, educação linguística, formação docente.
ST63 – Sob efeito das falas sintomáticas: caminhos e perspectivas no laço social
Coordenaçao:Melissa Catrini (UFBA)Desirée De Vit Begrow (UFBA) A clínica dedicada a crianças e adultos com dificuldades de linguagem testemunha cotidianamente os efeitos perturbadores das falas sintomáticas sobre o outro – família, o próprio clínico e/ou profissionais da educação. De acordo com Lier-DeVitto (2006, p. 186), o sintoma na fala/linguagem é “aquilo que leva o sujeito à clínica e envolve, portanto, sofrimento, […] diz de uma diferença radical, uma marca na fala que implica o próprio sujeito à medida em que o isola dos outros falantes de uma língua […]”. Falas sintomáticas são produções estranhas que remetem a uma diferença de qualidade cujo efeito – imediato e inequívoco – é de perplexidade e patologia na escuta do outro e, muitas vezes, na do próprio falante (Arantes, 2001; Lier-DeVitto, 2019). Na sua presença, o estabelecimento ou a manutenção do laço social pela via da linguagem se torna difícil, já que o ideal comunicativo fica severamente abalado e o sujeito marginalizado. Esse Seminário Temático propõe, a partir da Clínica de Linguagem (perspectiva teórico-clínica proposta por Lier-DeVitto na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e que tem braços bem estabelecidos na Universidade Federal da Bahia e na Universidade Estadual do Centro-Oeste, Irati – Paraná), acolher estudos que promovam uma discussão sobre os efeitos das falas patológicas de crianças e adultos em diferentes espaços de convívio e relação (família, escola, trabalho, entre outros). Fazemos alusão aqui a crianças com perdas auditivas em diferentes níveis, crianças com suspeita diagnóstica de autismo, ou aquelas que vivem impasses na aquisição da linguagem, e adultos com afasia e demência. Em suma, no centro das discussões deverão estar sujeitos (i) afetados por um diagnóstico, muitas vezes emitido bem cedo na vida da criança ou após a incidência de uma lesão neurológica, como pode ser o caso de adultos e idosos; (2) que apresentem um enlace peculiar com a linguagem e, portanto, com o outro. Espera-se que os trabalhos explorem a singularidade do falante, de sua relação com a própria fala e com a fala do outro na problematização dos caminhos e perspectivas que envolvem o estabelecimento do laço social quando falas sintomáticas participam do jogo dialógico. Palavras-chave: Linguagem, Patologias de Linguagem, Laço social, Singularidade, Clínica de Linguagem.
ST62 – Análise textual e discursiva em diferentes gêneros textuais/discursivos
Coordenação:Antonio Artur Silva Cantuário (UESPI)Ermínia do Nascimento Silva (UESPI) Este simpósio temático propõe um espaço de discussão e reflexão sobre as abordagens teóricas e metodológicas da análise textual e discursiva aplicadas a uma diversidade de gêneros textuais/discursivos. O objetivo é explorar como as formas e funções dos textos e gêneros se articulam com os contextos socioculturais, ideológicos e retóricos, contribuindo para a construção de sentidos, para a constituição dos sujeitos e para o seu funcionamento linguístico-textual e discursivo. Com foco em gêneros diversos – desde textos literários, acadêmicos e jornalísticos até discursos midiáticos, publicitários e digitais presentes nos gêneros – busca-se investigar as estratégias linguísticas, composicionais e discursivas que orientam a produção, circulação e interpretação dos sentidos diante da diversidade dos gêneros em diferentes esferas de atividade humana. Serão bem-vindos trabalhos que abordem aspectos como: a) a constituição dos sujeitos, a produção de efeitos de sentido; b) as relações entre texto, contexto e ideologia, bem como as questões de autoria e intertextualidade e c) a análise e o funcionamento sociorretórico, composicional, estilístico e temático a partir de diferentes ancoragens teóricas sobre gêneros textuais/discursivos. O simpósio busca promover um diálogo crítico sobre formas contemporâneas de produção e circulação de discursos em diferentes esferas, tendo-se os gêneros como formas de agir socialmente. Além disso, acrescentamos como contribuição o diálogo inter-trans-disciplinar entre a Análise do Discurso, a Linguística Textual e outras correntes teóricas que dialogam com os estudos sobre a linguagem, como a Semiótica Discursiva, a Retórica, os Estudos de Gêneros Textuais/ Discursivos e os Novos Estudos de Letramentos e Multiletramentos. Serão abordados temas como a relação entre linguagem e poder, a construção de identidades, a constituição de ethé, as formações discursivas e ideológicas, a intertextualidade, a polifonia e as estratégias argumentativas presentes nos discursos contemporâneos, bem como análises sociorretóricas de gêneros em diferentes esferas, propostas didáticas de gêneros, bem como estudos sobre práticas de leitura e escrita em espaços institucionais e não institucionais e as mudanças nos gêneros textuais diante das transformações tecnológicas e sociais, especialmente no contexto das mídias digitais. Assim, o simpósio convida pesquisadores, professores e estudantes de graduação e pós-graduação a compartilhar investigações empíricas, análises comparativas e reflexões teóricas que ampliem a compreensão sobre os processos de construção de significados nos variados contextos de comunicação e suas aplicações, fortalecendo o campo dos estudos textuais e discursivos. Palavras-chave: Discurso, Gêneros Textuais/Discursivos, Letramento, Texto.
ST61 – Estudos do discurso e contribuições para o ensino de língua
Coordenação:Lílian Melo Guimarães (UFRPE/UAST)Ricardo Rios Barreto Filho (UFPE) Partindo-se da ideia de que práticas de ensino-aprendizagem de língua são concebidas como práticas socioculturalmente situadas que envolvem (inter)ações, relações sociais, pessoas e discurso num mundo material particular (Ramalho, 2012), este simpósio pretende reunir trabalhos que reflitam sobre as contribuições dos estudos discursivos, a partir de perspectivas diversas, para o ensino de língua portuguesa e de língua estrangeira. Com isso, espera-se agregar pesquisas que proponham reflexões sobre experiências didáticas, materiais didáticos diversos, avaliações escolares e em larga escala e documentos oficiais, como Parâmetros Curriculares Nacionais (Brasil, 1997; 1998); Base Nacional Comum Curricular (Brasil, 2017); Orientações Curriculares Municipais, entre outros, fundamentando-se em perspectivas que tragam a análise discursiva à tona como centro das discussões. Para isso, assumimos uma visão de ensino de língua como prática de uso e reflexão dessa língua em situações de comunicação (Antunes, 2003; Bezerra, 2018) e de discurso como um modo de ação, ou seja, como as pessoas agem sobre o mundo e sobre as outras pessoas (Fairclough, 2001). A temática deste simpósio surge a partir das reflexões no âmbito do Grupo de Estudos em Linguagem e Interação (GELI/UFPE) e do Grupo de Pesquisa em Linguagem e Educação (GEPLE/UAST/UFRPE), dos quais fazem parte seus proponentes. Desse modo, buscamos subsídios teórico-metodológicos que possam contribuir para o estudo acerca do discurso e de suas relações e contribuições para o ensino de línguas em sala de aula. Palavras-chave: Discurso, Ensino, Língua materna, Língua estrangeira.
ST60 – Relações dialógicas, pesquisa e ensino de línguas
Coordenação:Jane Cristina Beltramini Berto (UFRPE)Cristiane Malinoski Pianaro Angelo (Unicentro) O simpósio “Relações dialógicas, pesquisa e ensino de línguas” abarca estudos fundamentados na teoria dialógica desenvolvida pelo Círculo de Bakhtin, Volóchinov, Medviédev e ampliada por pesquisadores brasileiros das mais diversas áreas dos estudos discursivos. Compreendendo a natureza sócio-histórica da linguagem, visamos às contribuições de estudiosos e de pesquisadores que se dedicam a problematizar as questões que envolvem o ensino das práticas de linguagem: de oralidade, de leitura, de escrita/reescrita e de análise linguística/semiótica e a compreensão do discurso nos enunciados concretos. A proposta deste simpósio agrupa os resultados de pesquisas de cunho teórico-analítico, teórico-metodológico e encaminhamento prático em sala de aula, que contemplem orientações advindas de documentos oficiais, currículos, materiais didáticos, práticas avaliativas, formação docente, experiências e inovações teórico-práticas na contemporaneidade, sob o escopo dialógico. Desse modo, almeja-se que as discussões pertinentes ao tema, em conjunto às reflexões oriundas dos Grupos de Pesquisa em Linguagem e Educação (GEPLE-UFRPE/CNPq) e Interação e Ensino (PPGL-Unicentro/CNPq), ampliem debates visando ao aprimoramento do ensino de línguas em âmbito escolar e à compreensão de enunciados mobilizadores de discursos, valores e de tensões socioideológicas. Palavras-chave: Linguística Aplicada, Dialogismo, Práticas de linguagem, Ensino de Línguas.
ST59 – Análises de Discurso de Linha Francesa: diálogos possíveis entre Foucault e Pëcheux nas mais diversas materialidades discursivas
Coordenação:Marcelo Nicomedes dos Reis Silva Filho ( UFMA)Liliane Luz AlveS (UFPB) O mundo como o conhecemos hoje representa um conjunto de mudanças que vem ocorrendo ao longo dos séculos. A sociedade vem se moldando às novas demandas que acontecem todos os anos por conta de eventos que discursivamente chamamos de acontecimentos históricos. A partir desses acontecimentos históricos, outras formas simbólicas vêm se organizando e sendo movimentadas pelos sujeitos. A partir disso, este simpósio se propõe discutir como as diversas materialidades discursivas dialogam com o mundo atual, seja ele na perspectiva presencial, ou real, ou até mesmo no que entendemos como virtual remoto. Tendo como base essa questão, essa discussão, buscamos organizar por meio de duas teorias que se aproximam e se afastam em determinados pontos de contato, mas que buscam analisar a linguagem e seus diversos movimentos, seja eles sócio, histórico, ideológicos ou nas relações de poder. Para isso, esse simpósio acolhe trabalhos tanto nas vertentes de Michel Pëcheux, e ou na vertente do filósofo também francês Michel Foucault. Tendo como aporte teórico, principalmente esses dois teóricos, e não esquecendo de elencar alguns que são seus expoentes no Brasil, como Eni Orlandi, que na base teórica pechetiana, e na vertente foucaultiana, Gregolim, Navarro. Como resultado da discussão desse simpósio, pretende-se construir diálogos a partir desses dois teóricos em perspectivas separadas, ou em pontos onde os dois conseguem convergir em temáticas que sejam favoráveis tanto para uma base como para outra. Palavras-chave: Estudos Discursivos Foucaultianos, Análise de Discurso Pechetiana, Discurso.
ST58 – Linguística Forense no Brasil: perspectivas e caminhos teórico-metodológicos
Coordenação:Micheli Rosa (UNB)Claúdia Maris Tullio (UNICENTRO) A Linguística Forense é um campo do saber, pertencente a área da Linguística Aplicada, que estuda a linguagem/Língua em contextos jurídicos e investigações criminais. O interesse entre Linguagem e Direito tem despertado interesse de vários pesquisadores e pesquisadoras, em especial, no Brasil. A partir do grupo de pesquisa Linguística Forense (Unicentro) compreendemos a importância da divulgação cientifica e do debate tanto para publicizar os estudos desenvolvidos quanto para evidenciar a importância de linguistas forenses na prática jurídica-policial. A Linguística forense é dividida em três subáreas e, informamos alguns tópicos de estudo, conforme Caldas-Coulthard (2014) – na análise da Linguagem do Direito a escrita de documentos jurídicos é centro das pesquisas, ou seja, analisa a linguagem legal e suas características. Desta forma, citamos alguns temas estudados por pesquisadores e pesquisadoras da área como: Direito comparado; Interpretação da Lei; História da linguagem jurídica; Tradução forense e Direitos linguísticos. A segunda subárea é a Interação no contexto forense: que estuda e analisa a linguagem (escrita ou oral) das interações jurídicas como, por exemplo, interrogatórios policiais, interrogatórios com vítimas, discurso no tribunal, discurso político, discurso em contextos prisionais, Multilinguismo no sistema jurídico entre outros temas. A respeito da Linguagem como prova (evidência), apresentamos alguns tópicos: estilística forense, análise de autoria (inserimos Discurso de ódio), perfis linguísticos, disputas sobre marcas registradas, plágio, ambiguidades linguísticas em textos de advertência de produtos. Neste sentido, as coordenadoras do Simpósio “Linguística Forense no Brasil: perspectivas e caminhos teórico-metodológicos” convidam a todos os (as) pesquisadores (as) com trabalhos finalizados ou em andamento que perpassam as áreas mencionadas e que usam diversas perspectivas de Análise de discurso como, por exemplo, Norman Fairclough, Michel Pêcheux, Mikhail Bakhtin, entre outros a enviar propostas de trabalho. Outras teorias do conhecimento e métodos de pesquisa são bem-vindos, pois a Linguística Forense surgiu de um movimento interdisciplinar e multidisciplinar. Palavras-chave: Linguagem e Direito, Linguagem como Evidência, Interação em contexto legal.