ST59 – Análises de Discurso de Linha Francesa: diálogos possíveis entre Foucault e Pëcheux nas mais diversas materialidades discursivas
Coordenação:Marcelo Nicomedes dos Reis Silva Filho ( UFMA)Liliane Luz AlveS (UFPB) O mundo como o conhecemos hoje representa um conjunto de mudanças que vem ocorrendo ao longo dos séculos. A sociedade vem se moldando às novas demandas que acontecem todos os anos por conta de eventos que discursivamente chamamos de acontecimentos históricos. A partir desses acontecimentos históricos, outras formas simbólicas vêm se organizando e sendo movimentadas pelos sujeitos. A partir disso, este simpósio se propõe discutir como as diversas materialidades discursivas dialogam com o mundo atual, seja ele na perspectiva presencial, ou real, ou até mesmo no que entendemos como virtual remoto. Tendo como base essa questão, essa discussão, buscamos organizar por meio de duas teorias que se aproximam e se afastam em determinados pontos de contato, mas que buscam analisar a linguagem e seus diversos movimentos, seja eles sócio, histórico, ideológicos ou nas relações de poder. Para isso, esse simpósio acolhe trabalhos tanto nas vertentes de Michel Pëcheux, e ou na vertente do filósofo também francês Michel Foucault. Tendo como aporte teórico, principalmente esses dois teóricos, e não esquecendo de elencar alguns que são seus expoentes no Brasil, como Eni Orlandi, que na base teórica pechetiana, e na vertente foucaultiana, Gregolim, Navarro. Como resultado da discussão desse simpósio, pretende-se construir diálogos a partir desses dois teóricos em perspectivas separadas, ou em pontos onde os dois conseguem convergir em temáticas que sejam favoráveis tanto para uma base como para outra. Palavras-chave: Estudos Discursivos Foucaultianos, Análise de Discurso Pechetiana, Discurso.
ST58 – Linguística Forense no Brasil: perspectivas e caminhos teórico-metodológicos
Coordenação:Micheli Rosa (UNB)Claúdia Maris Tullio (UNICENTRO) A Linguística Forense é um campo do saber, pertencente a área da Linguística Aplicada, que estuda a linguagem/Língua em contextos jurídicos e investigações criminais. O interesse entre Linguagem e Direito tem despertado interesse de vários pesquisadores e pesquisadoras, em especial, no Brasil. A partir do grupo de pesquisa Linguística Forense (Unicentro) compreendemos a importância da divulgação cientifica e do debate tanto para publicizar os estudos desenvolvidos quanto para evidenciar a importância de linguistas forenses na prática jurídica-policial. A Linguística forense é dividida em três subáreas e, informamos alguns tópicos de estudo, conforme Caldas-Coulthard (2014) – na análise da Linguagem do Direito a escrita de documentos jurídicos é centro das pesquisas, ou seja, analisa a linguagem legal e suas características. Desta forma, citamos alguns temas estudados por pesquisadores e pesquisadoras da área como: Direito comparado; Interpretação da Lei; História da linguagem jurídica; Tradução forense e Direitos linguísticos. A segunda subárea é a Interação no contexto forense: que estuda e analisa a linguagem (escrita ou oral) das interações jurídicas como, por exemplo, interrogatórios policiais, interrogatórios com vítimas, discurso no tribunal, discurso político, discurso em contextos prisionais, Multilinguismo no sistema jurídico entre outros temas. A respeito da Linguagem como prova (evidência), apresentamos alguns tópicos: estilística forense, análise de autoria (inserimos Discurso de ódio), perfis linguísticos, disputas sobre marcas registradas, plágio, ambiguidades linguísticas em textos de advertência de produtos. Neste sentido, as coordenadoras do Simpósio “Linguística Forense no Brasil: perspectivas e caminhos teórico-metodológicos” convidam a todos os (as) pesquisadores (as) com trabalhos finalizados ou em andamento que perpassam as áreas mencionadas e que usam diversas perspectivas de Análise de discurso como, por exemplo, Norman Fairclough, Michel Pêcheux, Mikhail Bakhtin, entre outros a enviar propostas de trabalho. Outras teorias do conhecimento e métodos de pesquisa são bem-vindos, pois a Linguística Forense surgiu de um movimento interdisciplinar e multidisciplinar. Palavras-chave: Linguagem e Direito, Linguagem como Evidência, Interação em contexto legal.
ST57 – Outros mundos, outras palavras: utopia, distopia e língua/linguagem
Coordenação:Felipe Benicio (UFAL)Ildney Cavalcanti (UFAL) Seja por meio do retorno a uma suposta língua original ou das tentativas de criação de línguas universais, a busca por uma língua perfeita (Eco, 2018) constitui um projeto que ilustra o desejo humano por uma forma de comunicação sem barreiras ou ruídos, demonstrando, assim, que língua e utopia são signos desde sempre entrelaçados. Desde o texto fundador de Thomas More, Utopia (1516), língua e linguagem têm sido instâncias significativas da construção ficcional de utopias e, posteriormente, distopias literárias. Em sua frutífera relação com a ficção científica (Moylan, 1986; Suvin, 1979; 1988), sobretudo a partir do século XX, utopias e distopias recorrentemente ressaltam o elemento linguístico, algo que se dá de muitas formas, seja com a criação de línguas fictícias, como o newspeak em 1984, de George Orwell, ou o láadan em Native Tongue, da escritora e linguista Suzette Haden Elgin; seja com a especulação acerca das transformações linguísticas pelas quais um idioma pode passar, como ocorre com a língua inglesa em Cloud Atlas, de David Mitchell, e Riddley Walker, de Russell Hoban — fenômeno analisado por David Sisk (1997) em The transformations of language in modern dystopias. No caso da ficção distópica, especificamente, o controle da linguagem e dos meios de comunicação representa um fator crucial para a manutenção dos sistemas opressores descritos nessas narrativas (Cavalcanti, 2000; Baccolini; Moylan, 2003; Moylan, 2016). Mas na literatura, como fora dela, a língua é sempre uma arena de disputas, e, justamente por isso, ela também é o instrumento por meio do qual as personagens das distopias constroem suas contranarrativas de resistência, de modo que esses sujeitos ficcionais e o público leitor consigam vislumbrar as utopias (fora) da linguagem (Cavalcanti, 2000). Diante disso, este simpósio tem como objetivo refletir sobre o papel da língua e da linguagem em obras utópicas e distópicas, de diferentes períodos e mídias, de modo a aprofundar a discussão acerca de aspectos teóricos e metodológicos relativos à análise dessas obras em interface com os estudos literários e linguísticos. Se, conforme propõe Peter Stockwell (2000), a apresentação de novos mundos pressupõe a necessidade de novas palavras — como tão bem ilustrado pela seleção de termos provocativos de novas ecologias, muitas vezes oriundos da ficção científica, presentes em An ecotopian lexicon (Schneider-Mayerson; Bellamy, 2019) —, assim como novas formas de compreensão de mundo, novas estruturações sintáticas e articulações semânticas, também serão aceitas reflexões acerca dos impactos formais provenientes da transposição das utopias e distopias (gêneros predominantemente narrativos) a outros formatos e mídias, como poesia, cinema, quadrinhos, jogos virtuais, artes plásticas e música. Palavras-chave: Utopia, Distopia, Língua, Linguagem.
ST56 – Gêneros acadêmicos: análise, ensino e aprendizagem
Coordenação:Cíntia Maria Barbosa de Sousa (PPGEL/CATAPHORA-UFPI)Láfity dos Santos Alves (IDB/CATAPHORA-UFPI) Entender o funcionamento dos gêneros como ações retóricas (Bazerman, 2005; Devitt, 2004; Miller, 2009) implica reconhecer que aprender a escrevê-los ou compreendê-los, de forma eficaz, requer a inserção em culturas disciplinares específicas (Hyland, 2000). As práticas acadêmicas de escrita, leitura, oralidade e escuta no âmbito acadêmico ocorrem por meio dos gêneros textuais, os quais revelam as particularidades do modo de fazer ciência de cada cultura disciplinar (Bazerman, 2021). Em virtude das complexidades envolvidas, a compreensão dos gêneros pode ser complexa para os membros iniciantes das áreas, por isso torna-se importante pesquisas que visam compreender como se organizam os gêneros acadêmicos em diferentes áreas de conhecimento, bem como investigações que descrevem práticas de ensino e aprendizado de gêneros no contexto acadêmico visando colaborar para os membros da área. Este simpósio objetiva oportunizar momentos de debates e reflexões sobre pesquisas que possuem como enfoque o ensino-aprendizado de gêneros acadêmicos orais e/ou escritos, bem como investigações que visam a análise desses gêneros sob o enfoque de diferentes vertentes teóricas. Espera-se que a sistematização, análise e interpretação dos dados das pesquisas apresentadas, neste simpósio, possam fornecer contribuições significativas para o desenvolvimento de novas abordagens teóricas e metodológicas na descrição e análise de gêneros institucionais.Palavras-chave: Gêneros, Análise e descrição, Cultura disciplinar, Ensino-aprendizagem.
ST55 – Simpósio Filomove: Vicissitudes do corpo entre linguística, literatura e filosofia na pesquisa contemporânea
Coordenação:Natacha Muriel López Gallucci (UFAL)Magno da Guarda Almeida (UFAL) O Simpósio propõe uma reflexão ampliada sobre as interações entre corpo e linguagem nos campos da Linguística, Literatura e Filosofia. A proposta aceita comunicações que investiguem o corpo, em suas relações com a linguagem, abordadas em práticas discursivas, performáticas e literárias, a partir de uma perspectiva interdisciplinar. Entre elas, discussões que abrangem áreas como Psicanálise, Estudos Culturais, Filosofia e Estudos da Performance, com ênfase nas dinâmicas culturais, estéticas e políticas contemporâneas. Na atualidade, as vicissitudes do corpo se apresentam como um campo fértil de investigação, atravessando fronteiras disciplinares e desessencializando o corpo; nesse sentido, abrem-se debates que permitem ultrapassar opacidades epistêmicas entre áreas canônicas possibilitando novas reflexões. O simpósio visa analisar não apenas as representações textuais dos corpos, como também sua emergência por meio da performatividade e da atuação discursiva em dispositivos de produção de sentido. A reflexão busca entender o papel do corpo como agente ativo na construção das narrativas e na articulação dos discursos. Entre os temas de interesse das nossas pesquisas estão: a produção de significantes na escritura (R. Barthes; M. Blanchot ), o corpo como mídia ou arquivo de memória (J. L. Borges, W. Benjamin, J. Derrida, D. Taylor), as relações de poder e as identidades emergentes (M. Foucault, A. Mbembe), o corpo e a performatividade de gênero (J. L. Austin; J. Butler), os corpos desde o “estar sendo” nos rituais ancestrais latino-americanos (R. Kusch), os corpos desaparecidos pelas ditaduras (N. Merlin) e o lugar da falta e do desejo no corpo falante (S. Felman; J. Lacan; M. Proust). O Grupo Filomove: Filosofia, Artes e Estéticas da América Latina tem dirigido suas pesquisas para pensadores e pensadoras latino-americanas, com foco em produções que questionam o eurocentrismo e promovem diálogos críticos a partir da América Latina nas áreas de Literatura, Psicanálise, Estética multimídia, Teoria Crítica e Estudos Culturais. Este evento oferece uma plataforma para discutir as produções contra-hegemônicas, com destaque para as vozes do Brasil e da Argentina, explorando os impactos históricos e culturais por meio de dispositivos audiovisuais, cênicos, musicais e performáticos. Convidamos pesquisadores e pesquisadoras a contribuir com novas perspectivas sobre as complexas relações entre corpo e linguagem, explorando as dinâmicas culturais e estéticas da contemporaneidade. Palavras-chave: Corpo, Performance, Subjetividade, Literatura, Estudos Culturais.
ST54 – Mobilidade, Diferença e (Re)existência: migrações, multilinguismo e o português como língua adicional
Coordenação:Alan Silvio Ribeiro Carneiro (UNIFESP)Gabriela da Silva Bulla (UFRGS) A intensificação dos movimentos globais e o surgimento de diferentes paisagens no capitalismo tardio tornam necessárias reflexões sobre o que Sheller e Urry (1996) denominam como o novo paradigma das mobilidades, ou como discute Vertovec (2007), o paradigma da superdiversidade. Os lugares híbridos que se configuram a partir dos fluxos migratórios demandam uma reflexão sobre os modos de construção da diferença linguística e cultural, o que inclui formas de preconceito e discriminação, mas também a construção de aproximação e solidariedade (Keating, Carneiro, Diniz, 2022). O objetivo deste simpósio é refletir sobre como em diferentes cenários de migração multilíngues nos quais o português como língua adicional está presente, em meio a outros recursos, são construídas formas de agenciamento que possibilitam o exercício da cidadania linguística (Stroud, 2018; Rampton, Cooke, Holmes, 2018), entendida como o modo como sujeitos utilizam diferentes recursos comunicativos para construir novas subjetividades políticas fazendo frente a processos de subalternização. Interessa, nesse sentido, para este simpósio, investigações que abordam dimensões específicas de agenciamento que emergem de pesquisas em contextos de mobilidade, como nas práticas de ensino de português como língua adicional, como língua de acolhimento e como língua de herança, entre outras denominações; a produção e análise de materiais didáticos para o ensino de português; a avaliação de políticas públicas para o acolhimento de migrantes; as tensões e complexidades da educação linguística e da formação de professores para a superdiversidade, entre outros aspectos. Palavras-chave: Português como Língua Adicional, Multilinguismo, Migração, Mobilidade, Agenciamento.
ST53 – O Ensino de Línguas Adicionais no Contexto Brasileiro: Reflexões sobre Diversidade, Interculturalidade e a Formação Docente
Coordenação:Cíntia Voos Kaspary (UFBA)Rita Maria Ribeiro Bessa (UFBA) Este simpósio tem como objetivo reunir e compartilhar pesquisas que reflitam sobre o ensino-aprendizagem de línguas adicionais na contemporaneidade, no contexto brasileiro. Desde a formação inicial de professores até a prática docente no cotidiano, os desafios são múltiplos e envolvem questões complexas que necessitam ser debatidas em espaços de interação, visando garantir que pesquisadores possam contribuir com seus pontos de vista e participar de um diálogo crítico. Um aspecto relevante a ser abordado é o apagamento da diversidade de línguas estrangeiras em documentos oficiais, como a Base Nacional Comum Curricular (BNCC, 2017), que privilegia a língua inglesa, e a Lei nº 13.415/2017, que reformulou o Ensino Médio e excluiu a obrigatoriedade do ensino de línguas, como o espanhol. Esse cenário resulta na desvalorização do ensino de línguas adicionais na escola, o que, por sua vez, impacta negativamente o âmbito universitário. Como consequência dessas políticas linguísticas, observa-se uma centralização do ensino-aprendizagem em uma única língua, restringindo progressivamente o acesso à diversidade linguística. Outro ponto relevante é a predominância de livros didáticos com uma perspectiva eurocêntrica e estadunidense, que orientam o ensino-aprendizagem de línguas adicionais. Nessa perspectiva, docentes comprometidos com uma visão de ensino que valoriza o desenvolvimento de competências linguísticas amplas, com foco na comunicação em contextos diversos, são desafiados a buscar alternativas que superem as limitações impostas por esses materiais. Essa busca é sustentada por uma abordagem que prioriza o desenvolvimento de competências linguísticas, preparando os alunos para uma comunicação efetiva em variados cenários de uso da língua. A discussão sobre o processo de ensino-aprendizagem proposto neste simpósio concebe a língua como mediadora de práticas sociais e inter(culturais), nas quais os sujeitos envolvidos participam de uma reflexão crítica e conjunta acerca da língua-alvo, configurando um “terceiro lugar” no processo de ensino-aprendizagem, denominado espaço intercultural. Este simpósio fundamenta-se, por um lado, em epistemologias que consideram os estudos (inter)culturais como lócus de diversidade e hibridismo (Almeida Filho, 2011; Burke, 2010; Mendes, 2011; Bauman, 2013; Bhabha, 2013; Hall, 2020), incorporando diretrizes metodológicas para o ensino que valorizam a diversidade linguístico-cultural, tanto no ensino da gramática e do léxico quanto no uso de ferramentas digitais, em diferentes modalidades. Por outro lado, baseia-se em estudos sobre a formação reflexiva de professores, alinhados às dinâmicas do mundo globalizado e da internacionalização, com ênfase no ensino de línguas para objetivos profissionais e acadêmicos, (Albuquerque-Costa, 2016; Mangiante; Parpette, 2004; 2010; Carras; Tola; Kohler, 2007; Fujita, 2012; Richer, 2008) defendendo a importância do plurilinguismo.Palavras-chave: Plurilinguismo, Diversidade Linguística, Formação Docente, Ensino-aprendizagem, Formação Docente.
ST52 -A língua oral como conexão: fenômenos, abordagens, metodologias e desenvolvimento de competências
Coordenação:Aline Fonseca de Oliveria (UFRPE)Miguel Mateo Ruiz (UFRJ) Este simpósio propõe-se a abordar estudos relacionados à língua oral, desde aqueles centrados nos fenômenos da fala, ou seja, os que focalizam a sua forma material, tanto no âmbito segmental como suprassegmental (Fonseca de Oliveira, 2013, 2021; Mateo, 2015, 2018; Mateo; Fonseca de Oliveira, 2015; 2023; Cerqueira; Moraes; Rilliard, 2019; Conceição Silva; Almeida Barbosa, 2017, entre outros), àqueles que buscam entender e teorizar acerca das especificidades da língua oral enquanto espaço discursivo de interação e comunicação, focalizando seu tratamento didático no âmbito da Linguística Aplicada (Leite Araújo, 2021; Montenegro 2021, Corrêa Lopes, 2021; Montenegro e Fonseca de Oliveira, 2023). Nos interessam questões como: (1) orientações e considerações metodológicas (Flege, 1980; Cantero, 2002; 2019; Cantero; Font-Rotchés, 2007; Cantero; Mateo, 2011; Dordron, 2022; ou Munro; Mackay, 2013, por exemplo), relacionadas à análise fonética, em particular a acústica e a perceptiva, na descrição da fala coloquial e na aquisição (e ensino/aprendizagem) da pronúncia, tanto na área dos sons quanto da prosódia; (2) propostas que focalizem o desenvolvimento das competências fônicas dos aprendizes de línguas adicionais em diversos entornos – presenciais, remotos, híbridos – e níveis educativos, com especial atenção ao contexto brasileiro (Alves; Lima Júnior, 2021; Barbosa, 2021; Brum, Corrêa; Fonseca de Oliveira, 2024; Figueiredo et al., 2021; Fonseca de Oliveira; Leite Araújo, 2023; Pinto; Couto, 2016, entre outros); (3) metodologias qualitativas e/ou quantitativas de avaliação da língua oral, como, por exemplo, em Leite Araújo (2021) ou López Colorado (2023). Palavras-chave: Língua oral, Fenômenos da fala, Didática da pronúncia, Enfoque oral, Competências fônicas.
ST51 – Perspectivas para a educação linguística em Português como Língua não materna em múltiplos contextos
Coordenação:Valdiney da Costa Lobo (UNILA)Tiago Alves Nunes (UFBA) Os contextos de educação linguística em português como língua não materna são diversos, levando em consideração os âmbitos políticos, sociais, interculturais, nacional e internacional, o português como língua pluricêntrica (Clyne, 1992; Muhr, 2012; Pinto, 2022) e o plurilinguismo (Maher, 2007). Assim, há uma variabilidade de campos teóricos e práticos que estão em constante desenvolvimento e em atividade, de modo que podemos citar alguns: a educação linguística em contextos bi/multilíngues (Megale; El Kadri, 2023) e/ou transfronteiriços; o ensino a migrantes em mobilidade transnacional de fluxo forçado, sobretudo oriundos do Sul Global; políticas de ensino de português a estudantes internacionais em Programas nacionais, como é o caso do PEC-G (Programa de estudantes-convênio da Graduação) etc. Nesse contexto de diversidade, este simpósio temático objetiva reunir pesquisas, de diversas naturezas teóricas e metodológicas, que abordem a educação linguística em português a partir de diferentes perspectivas, tais como as do português para falantes de outras línguas (PFOL), língua adicional (PLA), língua de herança (PLH), língua de acolhimento (PLAc), em suas mais distintas conjunturas de ensino e pesquisa. Para tanto, são bem-vindos trabalhos que discutam, por exemplo, de que modo as praxiologias em educação linguística estão sendo teorizadas e aplicadas; como materiais didáticos são construídos, utilizados e a partir de que perspectivas; de que maneira políticas locais e nacionais estão sendo desenvolvidas para subsidiar a educação linguística e a formação de professoras(es) nos contextos supracitados; como as identidades, a interculturalidade e a decolonialidade são pensadas, ou não, para a promoção de ambientes e aprendizagens com foco na valorização das diversidades linguísticas, social, cultural, política etc, bem como no engajamento de práticas de letramentos antirracistas, anti-xenófobas (Lobo, 2018; Mulico; Lobo, 2024) e outros temas sócio-historicamente relevantes que abarquem a perspectiva aqui explicitada. Palavras-chave: Educação Linguística, Português, Pluricentrismo, Multilinguismo.
ST50 – A Formação do docente de línguas Adicionais mediada pelas Tecnologias Digitais
Coordenação:Valéria Jane Siqueira Loureiro (UFS)Mercedes Magdalena Rodriguez (UEFS) Este simpósio tem como objetivo dialogar, interagir e refletir sobre a formação docente no âmbito das línguas adicionais, considerando os desafios e as oportunidades trazidos pelas tecnologias digitais no contexto atual da educação. Duas competências essenciais para os professores de línguas são destacadas: a sistematização de recursos semióticos em ambientes virtuais e a gestão de dispositivos pedagógicos baseados em hipergênero e navegação na textualidade navegante (ou nas textualidades navegantes). Essas competências são fundamentais diante da multimodalidade dos textos (Ribeiro, 2016) e das práticas linguísticas na Web 2.0, que ampliam as possibilidades de aprendizagem comunicativa e demandam novas formas de compreensão sobre o contexto e os eventos comunicativos. A pandemia de Covid-19 acelerou a incorporação das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC) no ensino, fortalecendo as Competências Digitais Docentes (CDD). Com a adoção do Ensino Remoto Emergencial (ERE) (Hodges et al. 2020; Vicentini, 2020) e a transição para modalidades híbridas e à distância (Bacich; Neto; Trevisani, 2019), as universidades e instituições educativas reformularam suas práticas pedagógicas, promovendo maior flexibilidade e adaptabilidade nos processos formativos. Essa transformação se reflete na necessidade de desenvolver o letramento digital dos estudantes, essencial para sua educação linguística no mundo contemporâneo. O simpósio propõe-se como um espaço para compartilhar teorizações e práticas pedagógicas, baseadas na Linguística Aplicada e na Educação, que integram as TDIC na formação docente (Moreira; Henriques; Barros, 2020). Visa, também, refletir sobre o aprendiz como sujeito contemporâneo, com identidade em constante transformação (Moita Lopes, 2006; Hall, 2003) e engajado em um pensamento crítico de resistência (Walsh, 2017). Dada a crescente relevância do ensino de línguas adicionais, espera-se receber trabalhos que abordem experiências, desafios e estratégias em áreas como ensino remoto, híbrido, metodologias ativas, aprendizagem híbrida (blended learning), sala de aula invertida (flipped classroom), gamificação, aprendizagem ubíqua e contínua (seamless learning), bem como o uso de redes sociais, aplicativos, mídias digitais e telecolaboração. Em um cenário de transformação permanente, este simpósio busca contribuir para práticas pedagógicas inovadoras que garantam qualidade na educação, independentemente da modalidade, ao mesmo tempo que valorizam a diversidade de fluxos de informação, multiletramentos ou letramentos múltiplos (Rojo, 2010; Rojo; Moura, 2019) e adaptações curriculares para atender às demandas contemporâneas e futuras da formação docente mediada por tecnologias digitais. Palavras-chave: Plataforma Moodle, Ambiente Virtual de Aprendizagem, Material didático digital, Educação linguística bilíngue, Segunda Língua.