III Encontro Nacional de Linguística Aplicada

ST02 – Pluralidade linguística das línguas de sinais e o ensino de português e educação bilíngue de Surdos

Coordenação:
Waldemar dos Santos Cardoso Junior (UFPA)
Leila Saraiva Mota (UFPA)

Conforme enfatiza Botelho (2010), a educação bilíngue sugere que a pessoa Surda seja exposta a Língua de sinais o mais cedo possível. A língua de sinais é concebida como língua materna de pessoas Surdas. O bilinguismo simboliza aspectos políticos, sociais e culturais, onde é necessário garantir um currículo organizado e atender o acesso aos conteúdos escolares na própria Língua do Surdo (L1) (Quadros, 2004). Nesse sentido, este simpósio propõe agregar trabalhos que envolvam estudos teóricos e descritivos das línguas indígenas de sinais e da língua brasileira de sinais-Libras e de seus aspectos linguísticos que abarquem reflexões e reformulações, descritivas, metodológicas e tipológicas de línguas de sinais, que favoreçam investigações no plano de análise e descrição das línguas de sinais, além de discutir políticas públicas que reconheçam a pluralidade linguística das línguas de sinais existente no Brasil. Busca reunir ainda estudos que investiguem a língua de sinais como instrumento cultural nas mediações do processo de construção da identidade surda, da sociabilidade, da memória social, das práticas sociais e das políticas culturais da pessoa surda. Pretende-se agregar também trabalhos que envolvam políticas públicas para a formação de professores da educação básica na perspectiva da educação bilíngue, para alunos surdos, saberes e práticas na educação básica, envolvendo as modalidades e as diferentes metodologias de ensino, considerando os princípios da formação docente, bem como o ensino da língua portuguesa como L2.

Palavras-chave: Pluralidade linguística, Educação bilíngue, Políticas públicas, Formação docente.

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